A chorar desenhei o arco-íris da vida
Nele miraram-se as minhas lágrimas.
Gotas brilhantes...Tão transparentes e singelas.
Eram apenas o trabalhar com a Luz intensa do Pôr-do-sol
Passaram entre elas a chuva e o vento
Tantas vezes geladas no próprio rosto...
Perdidas no pensamento, acordaram a marejar.
Levantei a mão para falar bem alto dessa maravilha.
Ela ficou-se inerte como o mundo que deixei.
Apenas acenei....sem palavras....
Senti o vento fustigar-me o rosto e o vulto voava.
E no arco-íris estava toda ela embrulhada...
O vermelho do meu sangue
O azul do meu papagaio....
O verte da minha Esperança
O castanho da minha terra.
O preto do meu luto...sim, assim
Apenas faltavam as minhas lágrimas
Perderam-se...Condensou-as o frio.... Trouxe-as assim
Todas para ti... todas para mim...
Eram narrações colocadas no Arco-íris mas com vida
Molharam-se....Mas escorreram para o mar.
Infinitamente grata a essas lágrimas pelo sorriso que trouxeram
A saudade que lembraram e a vida que enredaram
Utilia Ferrão
Para semre
Muitos dias nós somos e fazemos o arco-íris da vida e nem reparamos na sua beleza.
ResponderEliminarFicamos demasiadamente fechados na nossa nudez.
As lágrimas são o "limpa-vidros" da alma, quando chegam é sempre com um sentido e é necessário deixá-las cair à vontade.
ResponderEliminarBeijinhos
Amiga Utília,
ResponderEliminarQue poema lindo.
As lágrimas,(o mar como costumo chamar-lhes), por vezes invadem-nos, mas elas têm que seguir o seu caminho, rolar como gotas de orvalho, que se desprendem de nós...até que o sorriso regresse de novo.
Beijinhos da
Ailime
Que por detrás das lágrimas salgadas como o mar possa sempre brilhar um arco-íris luminoso.
ResponderEliminarBeijinhos