Acordei na tempestade daquela noite,
Condenada a descer ao poço do meu intento.
Temi as nuvens do horizonte...
Aceitei a breve evidência do evento.
Será certo a madrugada?
Revelando o epitáfio secreto, nas ondas rebeldes do mar.
Levantaram-se na espuma branca
As verdades do meu pesarem.
Toldo a pena da saudade...Escrevo...
Remos brancos na praia do silêncio...
Fazem chegar a barca da alvorada.
E o sofrimento nas pedras da cegueira
Arrastam a dor, na água enlutada.
Tantos segredos que a minha alma atravessa sem ninguém.
As lágrimas escurecem os meus olhos
Juntando-me ao grande Mar.
Faltam apenas duas gotas, essas ficam para recordar....
Praia deserta... areia fina. O pôr-do-sol
Assim o fim sem fim, entrou no grande Oceano
Utilia Ferrão