SERENIDADE?
Vinda de longe, passou
Deixou vida, simples vida
Seguiu...
Perdeu-se pelo caminho
Por atalhos foi andando.
Cansada do trajecto,
Fustigada pela tempestade .
Inerências justificadas
Vidas paradas ao sabor
Do nada...nada
Perturbaram meu sono
Torturam-me a alma.
Sou caminhante errante
Nasci na tempestade.
Caminho ao sabor do vento.
Vindo de longe o som da trombeta
Fez palpitar meu ser
Ser
Por ser, Ser merece viver.
Esperança é um rebento novo
É gritar Luz.
Palpar força, sentir silêncio
Ouvi, ouvir nada....nada
Sim, o nada também é ...
E frente ao tudo eleva-se
a torre do desespero
Guardam-se as frentes
Levantam-se os véus
Desnudam-se as causas
Será? não tanto assim.
Vida para sempre será vida
Perde-se no caminho.
vende-se a preço baixo
Porque vale ouro.
Não, não é um poema
É um sentimento.
Apenas uma onda
Já passou!...
Desnudaram a alma
Ficou a Esperança.
Utilia Ferrão