Estava Contigo esqueci-me de mim

Sabe-se bem que qualquer que seja a tua motivação

A última, é e será sempre Amar mais e melhor.



O Amor é assim...

Algo que se dilui em pequeninos actos cheios de simplicidade.



Se...amanhã for diferente de hoje

Eu serei sempre eu

Sonharei sempre

Pensarei sempre

Terei sempre asas

Caminharei sempre convosco.



Mesmo se a minha realidade for diferente da vossa sabei que

Temos muitos pontos em comum e que as realidades são sempre o que quizermos

Obrigada e sejam felizes todos vós

Utilia

domingo, 25 de novembro de 2012

UMA ESTRELA DORMIA

Deixei que os meus passos
Tropeassem na tua sombra
Depositei no teu rosto um sorriso.
Apalpei, o vazio do teu corpo.

Entre o sono e o sonho
Vagueou o vento da madrugada.
Lufada fria no silencio da noite.
Torpedeaste meu sentir

Já uma estrela se deitava
E uma nuvem pesada chorava
Lágrimas que a terra bebia
Era noite cerrada

Adormeci

Utilia Ferrão

sábado, 4 de agosto de 2012

PRECISA CRIAR PONTES


Precisa criar pontes.
Como se as pontes nascessem...
Sim, elas nascem e projectam-se.
Para lá do que se sente e do que se vê.
Pontes sólidas e firmes que duram milénios.

E consolidam vidas.

São estas, aquelas de que falamos

União entre o saber e o não saber.
União entre o agora e o logo.
União entre o hoje e o amanhã.

Luar entre o Ser e o Parecer

Separação, entre o fica e o avança
Entre o espaço vazio das águas em que se pode navegar.
E o betão do cimento firme com o ferro em cada margem
União entre os pilares de granito e a ardósia persistente.

Não seria só o betão puro, algo mais seguro.
As grandes rochas, cortadas em pedras de ângulo numa construção
Dão um lanço para o futuro
Utilia Ferrão

quarta-feira, 20 de junho de 2012


“ E a Esperança não engana. Romanos 5, 5”

Cada manhã os seus olhos
Espreitavam o céu.

E pela janela do coração,
Um raio de luz, iluminando descia
Alimentando-a na Esperança de cada dia.

A Luz nas trevas

E as nuvens cinzentas desfaziam-se
Diante da multidão incrédula.
Atenuando com paciência a zona malévola.

E num repente

O orvalho do céu sacudido pelo vento
Numa distribuição igual
Refrescou as mentes no aval.

Cresceram as fontes
Iluminaram-se os recantos.
E a Esperança voltou.

Ficou

Utilia Ferrão

domingo, 10 de junho de 2012


PELOS CORREDORES DA VIDA

A Ti entrega este Sacro momento
Liberto nesta luz branca
O tudo e o nada que tenho
Neste sólido sentimento.

Os pequenos rodízios da maldade
Nunca fizeram moer o meu moinho.
Desdenharam sempre
A fria e tenebrosa crueldade.

Não te esqueças do que de Deus proveio
Tens uma grinalda de vitórias
Na expressão maior do teu anseio.


Ninguém pode,
Nem por mais que as falas mude
Assinar o que escrevi
Olha bem nos meus olhos
Também eu das palavras me emudeci

E acaso perde aquele que tem o estandarte
E busque a acção maior no seu anseio
Denegrir o que realmente perde,
Exprimir o peso e altura do seu receio

Abre bem os olhos e responde
Deixa cair as tuas pálpebras pesadas
Deixa que a vida se exprima no seu palco
Não feches o cortinado antes do último acto
Utilia Ferrão



quarta-feira, 23 de maio de 2012

SUBJUGASTE O TEMPO AO TEMPORAL




Foi o céu que te contorna os ombros,

São tantos os de memória curta.
E na longevidade e na pertinaz presença
Estão “Aqueles” que a lenda não disputa.


Tão longe da verdade e da comoção,
Naquele espelho transformaste;
O puder, crer: á razão.

“Nada se perde, tudo se transforma”
(Lavoisier)

Ultrapassaste muros sem fim.
Subjugaste o tempo ao temporal.
Não foi o muro de Berlim

Outros muros que não estão no mapa.
Sim..


A ilusão cúmplice e sombria do “um fazer “
Numa nuvem histórica da verdade.
Que passa pela mão:
Aquela de tudo ver.


Simplesmente e o fazer?
A de ter visto começo e fim.
Outros muros que só aparecem aqui.
Nada, mesmo nada disto é para mim.
Utilia Ferrão


segunda-feira, 21 de maio de 2012

HORIZONTE DE ESTRELAS BRILHANTE


HORIZONTE DE ESTRELAS BRILHANTES

A noite dos sonhos, perdeu o negro escuro
A Luz trespassou muros e pontes
Encostada aquela voz serena e pávida
Seguiu outros horizontes...

Horizonte de estrelas pendentes... Luas desvairadas
.
Desfez -se nas esquinas, em iníquas verdades.
Ondas de sombra, em castelos sem mente,
Uma Bússola indica, o pólo a seguir
E a noite cresce apaixonadamente.

Não te esqueças

Se alguém repetir as palavras que te digo
Sem nenhum sentido...não faças atenção.
São margens nuas desoladas, dum rio sem caudal.
Que por certo nada, ou tudo têm da intuição.


Anoitece

Dói-me este peito seguro, quebrado em desatino.
Sem rima nem métrica, Com esta mão calejada.
E nesta solidão de pedra azul...
Assino os meus versos vindos de nada.

Utilia Ferrão

sábado, 19 de maio de 2012

quinta-feira, 17 de maio de 2012

ROSAS DESFOLHADAS

Duma rosa que ainda hoje cora.

Como que Saídas lá do alto mais profundo.
Pétalas desfolhadas, sobre aquele mar
Numa extrema sujeição de tudo.

....Assim.

Em lábios, fechadíssimas...” palavras”.

Numa sombra desconhecida
Uma estrela a arder no azul,
Reforça o firmamento.

Palavras bebidas

E pelo nevoeiro da tarde.
Acorda de repente no céu
Um vulto pálido de espuma


Ouvindo pensares sem pertença

Sobrevoando infinitas mágoas,
Aparece uma lágrima perdida naquela nuvem,
Abraçando um tronco verde Esperança

Caídos num lago imenso
No marulhar das águas
Os abismos das coisas que negas
.
Promessas perdidas em versos errantes
.

No barulho que sai das pétalas ao abrir
Um soluto ardente de luz,
Reflexo das rochas batidos na mesma cruz.

Utilia Ferrão

quinta-feira, 3 de maio de 2012

POR UM IDEAL DE AMOR




Caminhei
Abracei sonhos e ilusões
Recolhi sentimentos
Mais extensos que paixões

Desatei corações iludidos
Curei outros mais sofridos.
Senti o meu peito bater
Difícil foi a emoção conter.

Abracei sempre rosas e espinhos
Urzes, silvas e estilhaços.
Nas grandes tempestades da vida
Tantas vezes fiquei comovida.

E por mais que tenha reflectido
Retirei sempre a conclusão:
O Amar é muito mais
Que a lógica e a razão...
Utilia Ferrão

terça-feira, 10 de abril de 2012


Mateus 28, 18-20
“ Toda a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra.
Ide pois de todas as nações fazei discípulos, baptizando-as
Em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo
Ensinando-as a guardar tudo o que vos ordenei.
Quanto a mim, eis que eu estou convosco
Todos os dias, até á consumação dos tempos.”

Desvairadas  estas  palavras sem Norte
Descem ao fundo do meu pensamento.
Batem no solo árido dos meus desejos.
Ressaltam na fervura ardente do meu ser.

Incógnitas: Para quê? Porquê? E para onde?

MAS... A VERDADE
Os jogos perderam-se dentro de mim em Ti.
As algemas foram cortadas, nada disso existe
Difícil é encontrar quem perdeu e quem ganhou.
E no sentido figurado estava eu...

No verdadeiro sentido está Ele.
E
“Águia que voa perto do Sol,
Não lhe dá cuidado como irá atravessar um rio tumultuoso

Só mesmo eu para desenhar assim o meu destino

Nesse rio iam os meus ideais
Os meus princípios, e a minha confiança
Liderança firme Naquele que me criou.
Relembrar a brisa é mais que sonhar...

“Quanto a mim, eis que eu estou convosco
Todos os dias, até á consumação dos tempos.”



Serei eu mais fada que o fado.
Serei eu maior que a minha própria ignorância?
Serás Tu o servidor íngreme com as mãos estendidas

Que me Perguntas?

Aonde está a tua Força?
Onde está a tua Fé?
Aonde estão as tuas obras...

Cingimos pois as mãos

Agarramos os bocados que restam.
Não deixemos fugir a dignidade
Não deixamos perder a confiança
Não deixamos de ser quem somos.
PERDER A SUA IDENTIDADE?
NUNCA

Somos SERES HUMANOS
SERES ESPIRITUAIS

UTilia Ferrão





quinta-feira, 15 de março de 2012

OBRIGADA


OBRIGADA
Tento sobrevoar a vida em distâncias reais e sentimentos temporais.
Salvaguardo páginas desta caminhada existencial que é com os outros e  sempre a dar e a receber.
Genuína e barro maleável que sou... (apenas um boneco de barro nas mãos de Deus) e trilhando os caminhos que mais parecem carreirinhos, continuo com os meus passos, simples mas seguros, embora algumas vezes tenham sido incertos.

Hoje a minha única certeza é a graça de Deus.
 A amálgama do cheiro de rosas com alecrim leva sempre mais longe esta sementeira desenfreada... contínua sim, a colocar as sementes do amor neste solo que me recebe, “a base energética da Vida”.
Gente: tanto o ser como o ter como o estar, está aqui reunido hoje nesta minha mão frágil levantada para Deus em agradecimento.
Utilia Ferrão

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

VEM TAMISAR A VIDA


VEM TAMISAR A VIDA

I

Quero dar a vida ás folhas secas
Quero dar consciência aos desvairados da sorte.
Quero, crer que o tempo da Primavera está a chegar
E este sonho que se refaz agora dos farrapos de neve
Seja todo branco. “Luto”? Sim luto...

Apanhai-o por favor, ainda é época de colheita

SIM CREIO

È um desejo de criança.
Uma insistência de mulher fadada
Um encanto da Luz.

Bailar os desejos, criticar os pensamentos
Verter sentimentos ou palavras sem sentido?
Dançam aí os mais altos ideais.

SIM CREIO

Porque  é assim... atravessa-se o tempo.
 Porque cai na real idade dum sentir próprio.
Porque abre as portas ao querer...

SIM CREIO

Caminhar e olhar o Ser no firmamento.
È um privilégio. É uma dádiva
Que Maravilha amigo (a)

II
VAMOS PASSEAR?

Anda comigo, vem? Chegou a hora.
Dança á luz da lua, naquele bocadinho de nuvem
Estende os braços é a ultima valsa amigo (a).

Com aquele olhar penetrante colhe a vida.
O sentimento do “Homem espelhado” nos gestos.
Mostra o que no íntimo vais sentindo.

Sente comigo, apalpa o que parecentes. Vida...

Toca-se sim, mesmo no frio que gela.
Partilha: Paz, Alegria, Amor.
E os passos, a pegada e o caminho pisado?

PEGADAS... DEIXADAS
Dança comigo esta última valsa, ela é nossa.

Pego nas tempestades, nas enxurradas
Nas folhas secas, nas lágrimas caídas
Ilusões, sonhos e pesadelos...

Espalha-as na Nossa  Terra Molhada


Deixa voar, deixa passar, dança... dança, amigo.
Não te baixes para apanhar as ilusões...
Deixa tudo e vem dançar. Dança comigo a vida.


Obrigada amigo(a) pela dança maravilhosa do teu olhar.

Utilia Ferrão

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012


SIM QUERO.

Na soma da totalidade dos nadas, super fulos, assombrados pela ilusão do que satisfaz temporariamente, quero o Eterno Imutável, a Segurança da Paz Interior que segura sempre os pilares das construções duradoiras.

Vagueio por momentos nos recantos da existência, algures esquecida
Rica de tudo, e cheia de sabores do tempo, cheiros sazonais.
Primaveras floridas, Verões escaldantes, Invernos á lareira e os Outonos da colheita.

Rios de “Água Viva” aonde foram dar os riachos das minhas lágrimas.

Por momentos numa saída inesperada
 Pego no verde esperança que Te rodeia
Cortá-lo aos bocados seria um crime.

Fica com ele apalpa-o mais uma vez

Hoje por este caminho mais intimo tropeço em Ti 
Sinto-Te, dentro de mim numa corrente sem voz.
Palmilho o fugaz mundo que me rodeia, olhos fechados.

Reconheço palmo a palmo a viela que me apontas

Também tem feridas, estas do mundo mudo e surdo
Remoinhos de tempestades, em certas vidas passadas.
As coisas que eu gostaria de Te dizer?

Não as digo...Porquê? Não sabem. Tu sabes...

Apalpo bocados de gritos algemados.
No fundo duma cisterna sem água
Expressares duma luta ilegal num ruído ensurdecedor.

È imaginação? Puder? Ria, mas são reais.

Sou pobre Senhor
Rica de Tudo. Com um espírito esfomeado.
Apenas quero pensar no que é existir...Só isso.

Mas é muito mais isso? Eu sei.

Sabor a salgado sabor a doce e até apimentado
E correndo ao sabor do vento
Percorro o campo Sadio do Teu Ser
Coberto de relva verde,

Espalho nesta praia deserta que sou, sol do Teu nascer

Comparo o chão térreo da minha vida
Com a existência de tantas estrelas
E dependurado lá no alto, apraz-me o pensamento que nos rege

“Tudo pertença do mundo em que vivo”.

.

Descalço a minha imaginação transbordante,
Para que ela caminhe pés nus sem vacilar.
Neste rasgo da existência dos seres vivos e pensantes

Agracio a luz, que me fustiga o rosto e me aponta o Caminho.


Ser Louco: é ser mesmo ser, sem nunca parar de existir.
Utilia Ferrão