Estava Contigo esqueci-me de mim

Sabe-se bem que qualquer que seja a tua motivação

A última, é e será sempre Amar mais e melhor.



O Amor é assim...

Algo que se dilui em pequeninos actos cheios de simplicidade.



Se...amanhã for diferente de hoje

Eu serei sempre eu

Sonharei sempre

Pensarei sempre

Terei sempre asas

Caminharei sempre convosco.



Mesmo se a minha realidade for diferente da vossa sabei que

Temos muitos pontos em comum e que as realidades são sempre o que quizermos

Obrigada e sejam felizes todos vós

Utilia

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL
Estou a pensar nos pobres e nos ricos,
Nos sábios e nos pobres de espírito.
Nos nus.... Na alma claro, e nos cobertos da graça de Deus
Nos desamparados. Nos poderosos deste mundo

Penso em mim um pouco mal vestida
Como um pintainho acabado de nascer,
Frágil mas com vontade de viver.

Será que conseguirei?

Bem vou vestir-me.... Como não tenho capacidade para comprar uma linda seda, vou comprar uma chitinha modesta...
Fica mais á minha medida e também nas minhas posses.

Vou preparar o meu Natal....
Utilia Ferrão

terça-feira, 26 de outubro de 2010






CAMINHARAM COM OS MEUS SAPATOS

Marcam-se os passos nas sendas da vida,
Ao som dum ritmo acelerado.
Passam cabisbaixos calados, numa monotonia
Intransigente situada no tempo...
.
A cadência de olhares disfarça a nostalgia
Assimetria anónima num mundo largado.
Amarram-se as cordas dos pensamentos.
Atrofiam-se ao lado dos sentimentos.

Reconhecem-se assim os algozes embelezados
Sabendo apenas enriquecer a matéria.
Tisnando segundos num relógio tão antigo.
Mas quem diz que a ignorância não tem prestigio?

Por entre passos e tropeços
Levantam-se as silenciosas sensações
Não falam, não gritam, mas sentem....
O mundo deles é uma realidade crescente.

Ser ignorante só por ser, é melhor que tudo saber...


Passam agindo estes algozes da liberdade
Em dores angustias, duvidas, tristezas e outras impressões
Mas mais forte que o sentir é a certeza do Sol Nascente
Esperança permanente de todo aquele que vive e sente.

E na pobreza das contradições
O tempo é a brisa da razão.
Nem chuva, nem vento, nem qualquer tempestade
Apagam a Esperança e a Liberdade.

Utilia Ferrão

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

ENCONTREI-TE
O homem que procura a Verdadeira Essência
Se não se encontra a si mesmo
Nunca poderá avançar com os outros
Nem com Deus.

Será apenas um caminhante...
Na escuridão dos silêncios
Nas perguntas sem resposta
Num aceitar sem compreender
Num dar de mãos vazias.
Numa vida já morta ao nascer
Utilia Ferrão

sábado, 25 de setembro de 2010

INSIGNIFICANTE
Quem diz que são insignificantes?
Mesmo essa gota de água é apelativa.
Para ti desígnio, para outros molécula.
Para mim lágrima perdida.

Sem sentido?
É apenas água transparente,
Mas quem sabe o que sente?
O atento soletra, escreve e murmura,
Sabe o que ela esconde

Ler a lágrima só o poeta consegue.
Utilia Ferrão

domingo, 15 de agosto de 2010

AOS POETAS

Passa a tempestade, aproximam-se os poetas

Bonança ligeira da alvorada
O desperto rei da aurora,
Traz o livro aberto.
Testemunhas de um argumento liberto.

Citando em raios de Luz, as palavras mágicas.

Embarcado no carrossel da Vida,
Tive a alegria de vos ler e escutar
Nos pensamentos mais sombrios,
Deixei confiante esse lume actuar.

Escrita com pena elegante, gravando a fogo

Porque sei como sabeis sentir.
Resgatam no meu ser
Sem saber porque sentem.
A fragrância do saber.

Em cada homem há um poeta escondido.
E eu saúdo-vos

Utilia
Ferrão

segunda-feira, 12 de julho de 2010

SOU QUEM SOU


Lamento

A vida soprou-me o vento e a tempestade

Rio de intuição e contradição…
Desfolhei páginas agarradas e molhadas
Rasgaram-se, mas ficaram no coração.

Escrevi fontes de gotas de água…

Corri ao mar para tudo lá encontrar
Mas aquela onda tudo represou.
Maré negra em livros de mirar

Vi meu orgulho partir em fragmentos

Bola dum sonho verdadeiro.
Oh vaidade desfeita em espuma branca
Momento oportuno e derradeiro

Gaivotas sobrevoavam …

Acompanhavam aqueles restos mortais
Aquelas cinzas dadas ao mar
Partiram e não voltam mais.

Dedicado a um amigo

Utilia
Ferrão

terça-feira, 8 de junho de 2010

LUZ

LUZ
Procurar é simplesmente o começo
Num silencioso limite…
Porque a Luz não se apanha
Não se sente, acompanha.

É transparente e ilumina.

Não se vê mas deixa-nos ver
Perscruta buracos sem saída,
Recônditos… e porque é luz não falha
Acende o espaço vazio, decifra o que calha

É sabedoria infinita, e quem quer a vê
Não pode fazer de contas…
Sentir a Luz é imenso...
Vamos vivê-la com senso

Separar-se dela é morrer…

Utilia Ferrão

sexta-feira, 7 de maio de 2010

वोअवा...वोअवा...

VOAVA… VOAVA…
“Já não aguento mais…” porquê assim…
Palavras de quem já nada tem para dar
Mensagem de propósitos apalavrados
Angustia em sorrisos disfarçados….

Cantando a canção do homem indignado.
Passo á destreza entorpecida pelo Saber.
Torpeza alegria em desvairos sonhos e desígnios
Porque sonhar é varrer a lógica dos raciocínios.

Vou aprendendo o que as palavras vão falando
Lentamente compreendo a lógica dos homens
Vou perscrutando aquele olhar sem me intimidar.
Apenas sei que tudo pode mudar.

Utilia Ferrão

quarta-feira, 7 de abril de 2010

SABER

Penso que não sei
Mas quem sabe a verdade sabe?
Nada sabe porque isso sabe.
Apenas a ilusão nos cabe.

Porque sabia sem saber
Mas nada queria entender
Porque saber é uma imputação
Quando não há acção.

Ignorância inata, é um tudo ter
Pobre daquele que ignora saber
O que a Verdade quer dizer
Simples raciocínio dum ser...

Saber, verdade, ignorância
Luz na escuridão confusa.
Escolho?...Ai se pudesse escolher.
Seria ignorante só por ser
Utilia Ferrão

quarta-feira, 17 de março de 2010

PARTISTE

Partiste
Um sono profundo invadia o teu corpo.
Plácidas e singelas pálpebras fechadas.
Mais parecias uma estátua de valimento
Cortada a bisel para o invento...

Uma brisa ligeira repousava ondolando

Ninguém via tal coisa, apenas tu.
Dançavam ondas e cores á volta de ti
E tu sorrias na serenidade que te volvi.

Pronunciavas palavras lindas
Mas já ninguém ouvia.
Surpreendida tentaste entender.
E a luz começou a aparecer.

Utilia Ferrão

terça-feira, 9 de março de 2010

TOCAR NO TEMPO

TOCAR O TEMPO

Tocar no tempo é bater no passado
Ninguém o faz voltar…
Tal a água corrente corre sem parar
Apresar a gente é viver e continuar

Aquelas mãos finas pálidas
Repousavam agora neste corpo
Esqueceram o quanto era
A flácida fraqueza dum sopro,

Junta á amálgama no tempo
Era a normalidade da ida
Compreender era quase impossível.
Mais um caminhar para a vida.

Sussurrava o pensamento
Ninguém ouvia

Qual postura diferente
Colocada em forma de céu
Crivada de estrelas brilhantes
Uma sombra envolvida num véu

Vim repousar-me aqui.
Não te feches, deixa-me entrar
Não oiças brados nem gritos.
Recolhe-me apenas neste luar.

Sussurrava o pensamento
Ninguém ouvia
Utilia Ferrão

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A DOR

















A DOR
O triunfo cruel do poder transmutou
A Sabedoria nos silêncios do anoitecer.
Montanhas que ao luar teceram o sol
E passaram discretas sem se ver.

A feroz sentença mentirosa
Disparou por incidente,
Zombando da utopia enganosa
Gritando o fluxo inocente.

Falar, ou cantar pouco importa
O sabor dum fruto, a cor duma flor,
Chorar ou rir são apenas expressões.
Mas quem sabe o que é a dor?

Utilia Ferrão

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

DESGASTAR OS SILÊNCIOS

desgastar os silêncios
Dá fome e vazio.
desilude a inteligência... inteligente


Nada dignifica o que despreza,
mas é assim...
A fome come o que pode destruir
e detrói o que pode comer.

Pobres sem solução?
Há sempre Uma Luz
Olha a luz do dia.
O Pão que te seduz.

Presas por fios ao coração
soltam-se como balões ,
Ao céu estrelado.
Vão parar as ilusões

A criança tenta apanhá-las
Desiludida deita a mão
Mas são cadentes .
E as estrelas já não são.

Resta o Sol do Caminho
-Há sempre um raio de luz
Para saciar o pobre
E quem quiser levar a Cruz.
Utilia Ferrão

domingo, 17 de janeiro de 2010

SERENIDADE?

SERENIDADE?
Vinda de longe, passou
Deixou vida, simples vida
Seguiu...
Perdeu-se pelo caminho
Por atalhos foi andando.
Cansada do trajecto,
Fustigada pela tempestade .
Inerências justificadas
Vidas paradas ao sabor
Do nada...nada
Perturbaram meu sono
Torturam-me a alma.
Sou caminhante errante
Nasci na tempestade.
Caminho ao sabor do vento.
Vindo de longe o som da trombeta
Fez palpitar meu ser
Ser
Por ser, Ser merece viver.
Esperança é um rebento novo
É gritar Luz.
Palpar força, sentir silêncio
Ouvi, ouvir nada....nada
Sim, o nada também é ...
E frente ao tudo eleva-se
a torre do desespero
Guardam-se as frentes
Levantam-se os véus
Desnudam-se as causas
Será? não tanto assim.
Vida para sempre será vida
Perde-se no caminho.
vende-se a preço baixo
Porque vale ouro.
Não, não é um poema
É um sentimento.
Apenas uma onda
Já passou!...
Desnudaram a alma
Ficou a Esperança.
Utilia Ferrão


sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

PESADELO

Pesadelo
Passavas pelos descombros
como um pássaro voador.
trespassavas pela verdade
Eras um ser abstracto.
Numa ideia insensata
Apalavravas....apalavravas...
Eras como um simples clarão,
De repente transformado
Num pesadelo
Corpos amontoados.
.......
Simplesmente triste,
Utilia Ferrão

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

GOTAS DE ESPERANÇA

Correr, saltar, pensar, sentir, viver.

Palavras que deslizam num fio
Assim como gotas de água,
Depois da tempestade...
Cristais nas folhas das plantas
Semelhantes a lágrimas escorridas .

Olho atento a apanhá-las!...
As minhas mãos estendem-se
Mas de repente tudo parou ...
Tocá-las é destrui-las.

Olho-as miro-as na transparência
Solto então o pensamento
Cristal...sobre o verde Esperança
Aquela gota tem poder .

Mas elas iam caindo...
Com jeitinho tentava apanhá-las
Mas desfaziam-se nas minhas mãos.
Escorrendo para o chão

O verde ficava na planta
A gota caía, á terra
Ela estava lá mas já não a via
Apenas o solo estava molhado

Porque te amo

Utilia

domingo, 3 de janeiro de 2010

RESPEITO

RESPEITO
Amigos, sim considero-vos meus amigos.
Não gosto nada de gente sábia, que até se aproveita do que outros escrevem, nem sei bem para quê...
Mas que interesse tem levarem assim tão descaradamente o que escrevo?
Será que os meus sentimentos são tão desiguais dos vossos?
Amigos eu sou um ser humano e como todos vós, talvez menos inteligente, talvez melhor, talvez pior, mas gostava que me respeitassem, assim manda o respeito pela dignidade humana.
Obrigada do fundo do coração.
Não estou triste não... estou um bocadinho magoada
SEMPRE AMIGOS SIM...
Obrigada
Utilia Ferrão