PELOS CORREDORES DA VIDA
A Ti entrega este Sacro momento
Liberto nesta luz branca
O tudo e o nada que tenho
Neste sólido sentimento.
Os pequenos rodízios da maldade
Nunca fizeram moer o meu moinho.
Desdenharam sempre
A fria e tenebrosa crueldade.
Não
te esqueças do que de Deus proveio
Tens
uma grinalda de vitórias
Na
expressão maior do teu anseio.
Ninguém pode,
Nem por mais que as falas mude
Assinar o que escrevi
Olha bem nos meus olhos
Também eu das palavras me emudeci
E acaso perde aquele que tem o
estandarte
E busque a acção maior no seu anseio
Denegrir o que realmente perde,
Exprimir o peso e altura do seu
receio
Abre bem os olhos e responde
Deixa cair as tuas pálpebras pesadas
Deixa que a vida se exprima no
seu palco
Não feches o cortinado antes do último
acto
Utilia Ferrão
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